sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Dislexia - Como identificá-la?


A dislexia atinge pessoas em todos os países do mundo, numa proporção que varia de 6 a 15% da população, não sendo, porém, adequadamente identificada em muitos deles, dessa forma levando seus portadores, na maioria das vezes, a abandonarem os estudos, evitarem o convívio social e se submeterem a papéis sociais secundários, pela falta de compreensão de suas deficiências pelos pais, professores, educadores e pela sociedade como um todo.

Muitas vezes, a criança apresenta condições intelectuais normais, porém poderá ler com deficiência e transformar ou deformar as palavras. É comum o disléxico apresentar algum déficit no domínio da ação, da motricidade, da organização temporo-espacial, da capacidade de globalização no domínio do esquema corporal, na dominância lateral, podendo ser acrescentados distúrbios de atenção e da memória.

A má estruturação do espaço do disléxico manifesta-se no princípio por dificuldade em situar as diversas partes de seu corpo, umas em relação às outras, as noções de alto, baixo, em frente, atrás e sobretudo, direita e esquerda são confundidas, o que no domínio da leitura, provoca confusão entre certas letras como p e q; d e b; u e n; p e b. Sendo que cada letra é percebida isolada e corretamente, mas as relações que a criança estabelece entre elas não são estáveis, dependem do sentido de deslocamento do seu olhar (esquerda-direita, ou vice-versa).

Pais e professores podem suspeitar da dislexia quando uma criança ativa e inteligente tiver dificuldade em ler, escrever e soletrar, podendo ela ser boa aluna em outras atividades.


Os sintomas variam de criança para criança, mas os primeiros indícios podem ser:


• Demora em aprender a falar, em fazer laço nos sapatos, em reconhecer as horas, em pegar e chutar bola, em pular corda.

• Dificuldade em escrever números e letras corretamente.

• Dificuldade em ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e sílabas de palavras compridas.

• Dificuldade de distinguir entre direita e esquerda.

Para diagnosticar a dislexia é necessária uma análise quantitativa e qualitativa das atividades motoras.
O diagnóstico geralmente é feito a partir do momento que a criança se alfabetiza (geralmente por volta dos 6 ou 7 anos), porém alguns profissionais hoje em dia fazem diagnóstico antes dessa idade.
O diagnóstico deve ser feito por profissionais especializados, que utilizarão várias ferramentas de trabalho no processo de avaliação.


Tratamento

Para casos mais graves algumas vezes precisamos o acompanhamento médico, pois talvez seja necessário uso de medicamentos. Na maioria dos casos o tratamento pode ser feito com profissionais dentro do atendimento clínico e acompanhamento escolar. O trabalho clínico implica em usar recursos que trabalhem todos os sentidos. Uma educação sensório-motora associada à recuperação na deficiência de processamento auditivo são fundamentais.

Como os Professores podem ajudar

Uma das medidas que pode ajudar muito, é variar a maneira de apresentação da matéria.

A avaliação é algo que deve ser bem planejado, pois uma criança disléxica geralmente responde melhor às questões orais.

Valorizar o que foi aprendido qualitativamente é sempre melhor do que o que foi aprendido quantitativamente.

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