A dislexia atinge pessoas
em todos os países do mundo, numa proporção que varia de 6 a 15% da população,
não sendo, porém, adequadamente identificada em muitos deles, dessa forma
levando seus portadores, na maioria das vezes, a abandonarem os estudos,
evitarem o convívio social e se submeterem a papéis sociais secundários, pela falta
de compreensão de suas deficiências pelos pais, professores, educadores e
pela sociedade como um todo.
Muitas vezes, a criança apresenta condições intelectuais normais, porém poderá ler com deficiência e transformar ou deformar as palavras. É comum o disléxico apresentar algum déficit no domínio da ação, da motricidade, da organização temporo-espacial, da capacidade de globalização no domínio do esquema corporal, na dominância lateral, podendo ser acrescentados distúrbios de atenção e da memória.
A má estruturação do espaço do disléxico manifesta-se no princípio por dificuldade em situar as diversas partes de seu corpo, umas em relação às outras, as noções de alto, baixo, em frente, atrás e sobretudo, direita e esquerda são confundidas, o que no domínio da leitura, provoca confusão entre certas letras como p e q; d e b; u e n; p e b. Sendo que cada letra é percebida isolada e corretamente, mas as relações que a criança estabelece entre elas não são estáveis, dependem do sentido de deslocamento do seu olhar (esquerda-direita, ou vice-versa).
Pais e professores podem suspeitar da dislexia quando uma criança ativa e inteligente tiver dificuldade em ler, escrever e soletrar, podendo ela ser boa aluna em outras atividades.
Os sintomas variam de criança para criança, mas os primeiros indícios podem ser:
• Demora em aprender a falar, em
fazer laço nos sapatos, em reconhecer as horas, em pegar e chutar bola, em
pular corda.
• Dificuldade em escrever números e letras corretamente.
• Dificuldade em ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e sílabas de palavras compridas.
• Dificuldade de distinguir entre direita e esquerda.
Para diagnosticar a dislexia é necessária uma análise quantitativa e qualitativa das atividades motoras.
O diagnóstico geralmente é
feito a partir do momento que a criança se alfabetiza (geralmente por volta dos
6 ou 7 anos), porém alguns profissionais hoje em dia fazem diagnóstico
antes dessa idade.
O diagnóstico deve ser feito por profissionais especializados, que utilizarão várias ferramentas de trabalho no processo de avaliação.
O diagnóstico deve ser feito por profissionais especializados, que utilizarão várias ferramentas de trabalho no processo de avaliação.
Tratamento
Para casos mais graves algumas vezes precisamos o acompanhamento médico, pois talvez seja necessário uso de medicamentos. Na maioria dos casos o tratamento pode ser feito com profissionais dentro do atendimento clínico e acompanhamento escolar. O trabalho clínico implica em usar recursos que trabalhem todos os sentidos. Uma educação sensório-motora associada à recuperação na deficiência de processamento auditivo são fundamentais.
Como os Professores podem ajudar
Uma das medidas que pode ajudar
muito, é variar a maneira de apresentação da matéria.
A avaliação é algo que deve ser bem planejado, pois uma criança disléxica geralmente responde melhor às questões orais.
Valorizar o que foi aprendido qualitativamente é sempre melhor do que o que foi aprendido quantitativamente.
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